
Quando perdeu sua bicicleta de estimação sentiu-se plena. Era uma mulher bonita, embora tivesse lá algumas esquisitices, como gostar da palavra "estrambólico."
Era rodeada por culpas e vivia repetindo "me perdoe" a qualquer um. Não acho que tivesse motivos para tanto, em todo caso ela gostava disso.
Não tinha paciência para ouvir música e odiava feijão. Preferia as comidas insossas. Doces? Só de vez em quando.
Raridade era sair ao sol, o sorriso se abria mesmo era para os dias cinzentos e noites chuvosas sem estrelas.
Mas, na verdade, talvez não fosse triste.
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