terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O indizível mundo de Salinger


Lá pelos meus 13, 14 anos eu li "O Apanhador no Campo de Centeio". O livro, que tinha sido do meu pai, estava todo estropiado e cheio de grifos, o que já me fez ficar mais interessada. O fato é que me encantei pelo jeito como o misterioso J.D. Salinger narrava a vida do jovem Holden Caulfield. Terminado esse, ganhei um presente, era uma outra obra do escritor.

Quando abro o embrulho uma surpresa: "Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymor, uma Apresentação". O nome, no duro, como costumava dizer Caulfield, me deixou curiosa e intrigada. Eu mal sabia que a maior surpresa viria algumas páginas à frente.

Se ainda existe no mundo alguém que leia só por prazer - ou até mesmo por acidente -, peço a ele ou a ela, com indizível afeto e gratidão, que divida em quatro partes iguais a dedicatória deste livro com minha mulher e meus dois filhos.

Indizível soou com estranhamento para mim naquela época, assim como o universo de Salinger. Tanto que nunca me esqueci dessa palavra que traduz exatamente aquilo que não se pode dizer. E foi ali, também, que comecei a gostar das dedicatórias de livros.

Um comentário:

marcela dantés disse...

tá aí.
nunca li e sempre quis.
acho que vou aproveitar o empurrãozinho.
=P